sábado, 24 de abril de 2010

Acontece.

No momento não há crença,mas depois vem a dor da promessa não cumprida.
Vem o consolo das horas, as visitas das noites mal-dormidas.
A certeza que ela não lhe abandonará no dia seguinte traz consigo um grito contido de desespero.
Vai a solitude e vem a solidão.
Vem a penumbra do velho amor sufocado, escondido, que se deixou tornar vazio.
Vem o medo de não poder mais ter o desejo que pulsionava a paixão.
É esconderijo que a alma procura.
É verdade que a alma clama.
Não é fuga.
Não é prazer forjado.
Não é o amor em palavras, em promessas. Em despedidas.
São tantas idas, tantas vindas.
Tanto o que dizer, pouco a falar.
É o momento que a boca seca e clama.
Os olhos cegam e brilham.
É mais que querer.
É sentir.


G2

Nenhum comentário:

Postar um comentário