Crio o salto, esvazio o medo
*Sobre a cabeça aviões...
A nova vértice que inclina ao encontro do novo sol
A nova lua se abre e mostra a face plena
O sol a graceja, mas não a invade.
Espera palavra certa para o despertar
Espera a clareza do novo momento
Revela o êxtase.
Insolente? sedutor? intrigante?
Questionador?
Queredor de um mistério sem prumo?
Inquieta o respirar para chamar
Inquieta o desejo translúcido
Revela o deleite.
E segue o passo o dia e a noite
Esperando o movimento, o calafrio, olhar
Um ponto de partida para pulsar.
Um sorriso firme para o cantar
E os vultos inertes tomam a dança
Silenciosa e louca por tanto esperar.
A alavanca para este desejo se consumar
E o mundo se acalmar
E pairar sobre o gozo da existencia.
Tudo está a um passo, um contato um gesto
O ponto que começa e termina
A cura da entrega permitida.
Impertinente? Pérfido? Intermitente?
Eureka!
Eis que a verdade não pode ser vivida por inteira
E não é de mentira que se passam os dias
É de espera.
G2
Impertinente? Pérfido? Intermitente?
Eureka!
Eis que a verdade não pode ser vivida por inteira
E não é de mentira que se passam os dias
É de espera.
G2
*trecho da música: tropicália (Caetano Veloso)